segunda-feira, 31 de março de 2014

Fiscalização de produtos perigosos



Acompanhamos a fiscalização de produtos perigosos com apoio do DECADE, o Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas da Polícia Civil.
A equipe da CET monta uma enorme canalização, onde ficam as viaturas e onde serão estacionados os caminhões para fiscalização.
Todos os carros são devidamente preparados para as próximas horas de trabalho, pois é um trabalho longo e demorado.


A Fiscalização pela CET é realizada com um micro ônibus adaptado com cadeiras, balcão, água..... , duas viaturas de quatro rodas e uma motocicleta. Eles têm também um ônibus, mas que não está em condições para fazer a fiscalização, a manutenção é ruim, não tem ventilação.

A equipe da DTE para os caminhões que estão circulando na Marginal Tietê, que estacionam dentro da canalização. São pedidos os documentos e autorizações para averiguação, o que pode demorar em torno de uma hora.
No caso da fiscalização de produtos perigosos não há um limite de autuações, tudo que estiver irregular é consultado e guiado por manual e um formulário, como um check in, para chegar no total de enquadramentos. Muitas vezes um único veículo pode gerar mais de 20 multas.
As cargas são normalmente fracionadas (embaladas) ou manipuladas, como por exemplo, os botijões de gás. Tem também em granel – os caminhões-tanque. Para estas cargas é necessária a qualificação do condutor em Movimento e Operação de Produtos Perigosos – MOPP, se o motorista não estiver portando esta credencial ele pode ser preso por crime ambiental.



As cargas muitas vezes não possuem as embalagens necessárias. Em um dos casos o motorista estava carregando lixo químico embalados com sacos pretos, alguns produtos estavam expostos e o caminhão não tinha nenhuma especificação do rotulo de segurança e painel de risco, ou seja, ninguém sabia o que ele estava carregando. E os operadores abriram o baú sem nenhum tipo de EPI.
E com o acompanhamento da Polícia Civil do DECADE o motorista foi levado em fragrante por levar carga sem as embalagens corretas e devidas licenças, o caminhão não tinha o conjunto emergencial, mal estado de conservação do IPI e por não estar identificado com os painéis de risco e rótulo de segurança.



Durante a operação dos seis caminhões que foram fiscalizados, cinco deles foram autuados e encaminhados à delegacia. O DTE não tem uma área específica na cidade para fiscalizar e nem o tipo de veículo. Em especifico nesta fiscalização que acompanhamos tínhamos horário e data marcados, pois iríamos acompanhados com a polícia civil.


Estes funcionários, que trabalham com produtos perigosos diariamente, não recebem periculosidade nem insalubridade. Há uma ação na justiça contra a CET pelo sindicato, para assegurar este direito a estes funcionários.


sexta-feira, 28 de março de 2014

Mais cargas superdimensionadas

Agradecimentos ao operador Sidney de Carvalho pelo seu álbum cedido, em tantos anos de trabalho na DTE.



 Acidentes que acontecem...

quarta-feira, 26 de março de 2014

Acompanhamento de carro alegórico

Semanas antes do Carnaval, a CET começa os acompanhamentos dos carros alegóricos.
Os desfiles nos bairros é acompanhado pelas GET's. Os que vão para o Anhembi é feito pela equipe da DTE. Os barracões das escolas de samba dos grupos especiais e de acesso, são todos próximos, porém há bloqueios na Marginal Tietê. Algumas com os carros vindo na contramão. 
Junto com os carros alegóricos, vão muitos integrantes das escolas de samba acompanhando, em carros particulares e a pé. Para eles é mais que um transporte, é um ritual. Todo segredo é mantido com os carros cobertos, e ainda fazem rituais religiosos durante o percurso.
Alguns carros têm motor, outros são guinchados.


Acompanhamos o transporte de 5 carros da Mocidade Alegre. Não foram todos numa noite, dentro do barracão outros carros ainda estavam sendo finalizados para seguir em outra noite.
Saíram da Ponte da Freguesia do Ó, adentraram a Marginal Tietê até a Ponte da Casa Verde, e da alça de acesso, um trecho da Olavo Fontoura na contramão, até a entrada no estacionamento, de frente com a dispersão. Onde os carros passam é feito bloqueio total, apenas os carros do comboio acompanham.






terça-feira, 25 de março de 2014

Acompanhando transporte de Carga Superdimensionada

A equipe começa seu trabalho às 22hs, em Pinheiros. O serviço da noite é distribuído pela equipe, neste noite que acompanhamos houve alguns carros alegóricos e uma superdimensionada, que passou pela Avenida Jacu Pêssego na Zona Leste.
Atravessaram a cidade e aguardaram a chegada da carreta num lugar ermo e perigoso. A carreta demorou e chegou com mais uma equipe, com mais um caminhão com contrapeso e 3 veículos pequenos acompanhando.
Assim que chega é feita a aferição da carreta, é verificado todas as medidas, todas as placas e todas as informações que constam na Autorização Especial de Trânsito (AET).




Estando a aferição de acordo, começa o acompanhamento. 
Sobre toda obra de arte, que é o viaduto ou ponte, é feito o bloqueio do trânsito, pois a carreta têm que passar sozinha devido a vibração.
Uma viatura passa antes e aguarda do outro lado, enquanto as outras bloqueiam o trânsito até a carreta transpor a obra de arte. E depois correm para alcançá-la e continuar. A cada cruzamento tudo é bloqueado para que ela possa passar.


Antes de um maior aclive, é engatado o outro caminhão, é uma outra unidade tratora com contrapeso (push reserva) para conseguir subir com a carga.
Esta é uma carga pequena de 178 toneladas, mais um push reserva é suficiente. Um peso de 500 toneladas chega a precisar de 5 unidades tratoras engatadas e sincronia entre todas elas.
Durante a subida, os veículos se mantém afastados num bloqueio, para segurança, caso o caminhão volte. Essa situação piora em noites chuvosas, na qual a pista fica molhada.

Todo o percurso, o acompanhamento é um trabalho muito dinâmico, ágil, sincronizado. Com atenção em todos os detalhes para preservar a segurança de todos. Quando chega na divisa de município está encerrado o apoio da CET.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Departamento de Transportes Especiais DTE

Este departamento é composto, no escritório, por Toni, Marisol, Paloma e Jonatan. Nas super dimensionadas: Eduardo, Anselmo, Carlos, Linge, Sandra. E nos produtos perigosos: Manoel, Luceli e Marcelo.


CARGAS SUPERDIMENSIONADAS

Os veículos que excederem as dimensões abaixo, precisam tirar autorização especial de trânsito (AET):
  • Altura: 4,40m
  • Largura: 2,60m
  • Comprimento: 14,00m veículos simples, 18,60m veículos articulados e 19,80m veículos com reboque
  • Peso total: 45tf


O departamento recebe uma média de 60 AET por dia, até às 12hs, pois até o final do horário comercial  elas têm que estar todas prontas.
Eles verificam uma por uma, todos os itinerários e restrições de circulação.
Hoje, há duas formas de se adquirir o formulário AET, na gráfica Grafisol em Santana, ou pelo portal do Sindipesa http://www.sindipesa.com.br/ 
Há um projeto para este formulário ser adquirido pelo site da CET e ser cobrado como evento a análise, pois hoje, deste montante diário, alguns não vem buscar, pedem sem a devida necessidade.
No ano passado, em 2013, foram em média 15 mil AET's, antes do Rodoanel, era o dobro. Mas devido as condições atuais do Rodoanel, carretas acima de 200tf têm que passar por dentro da cidade.

principais rotas de superdimensionadas
As autorizações podem ser permanentes ou diárias.

No caso da permanente, validade da autorização é por um ano. São para excessos pequenos:
  • Altura: 4,40m
  • Largura: 2,60m a 3,20m
  • Comprimento: 18,60m a 23,00m
  • Peso total: 45tf
No caso da diária, há 2 tipos:
  1. com escolta credenciada, que tem validade de 3 dias para transitar pela cidade das 23hs às 5hs
  2. grandes carretas que obrigatoriamente necessitam do acompanhamento da CET, é um evento, tem que ser pedida com antecedência (informado no site da CET os prazos). Devido medidas que passam de:
  • Altura: 5,00m
  • Largura: 5,00m
  • Comprimento: 35,00m
  • Peso total: 80tf
Antes do Carnaval, eles fazem todos os itinerários dos carros alegóricos, todos precisam de AET. Para as escolas de samba que vão para o Sambódromo, o operacional deste departamento faz o acompanhamento na via. Para os desfiles nos bairros, a GET de origem leva, e no retorno, é a GET de onde sai o carro.

Este departamento também é solicitado para aferição de dimensionamento de túnel, viaduto. Ou pela operação para realizar o enquadramento de excesso de dimensões.

No site da CET tem todas as informações sobre o assunto:

http://www.cetsp.com.br/consultas/caminhoes/cargas-superdimensionadas.aspx

PRODUTOS PERIGOSOS

Consideram-se produtos perigosos os materiais, substâncias ou artefatos que possam acarretar riscos à saúde humana e animal, bem como prejuízos materiais e danos ao meio ambiente, conforme definido na Resolução nº420, de 12 de fevereiro de 2004, da Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT, e nas demais normas específicas que alterem e/ou atualizem a legislação pertinente ao transporte de produtos perigosos, conforme art.1º do Decreto nº 50.446/2009.
Há fiscalizações programadas de terça a quinta feiras, algumas com participação conjunta da polícias militar, rodoviária e federal.
Fazem também fiscalização de placas encobertas.
E o processamento das autuações.

O auto de infração é diferente, específico para penalidade de produtos perigosos.



E a fiscalização é tão complexa que há um roteiro a ser preenchido, para direcionar para os enquadramentos corretos. Há um curso específico para o agente poder realizar este tipo de autuação.



As autuações são pesadas, divididas em 3 grupos de infrações, podem variar de R$ 400,00 à R$ 1.000,00. E são cumulativas, de quantas infrações foram cometidas. Por não portar a licença municipal o valore é de R$ 600,00.

Participam de um grupo da ANTT e da defesa civil, como apoio técnico em respostas rápidas em caso de acidentes com produtos perigosos.


Mais informações no site da CET:

http://www.cetsp.com.br/consultas/transporte-de-produtos-perigosos.aspx






Acidentes nas Marginais

Tudo aqui é superlativo, as vias, as ocorrências, as interferências, os acidentes, a gravidade, exceto os recursos.
No início do mês de fevereiro, num sábado de manhã, aconteceu um acidente muito grave, na Marginal Pinheiros, no sentido Interlagos/Castelo Branco, há uma quadra do Pat Band. Foram 2 ônibus que colidiram, ocasionando 45 vítimas.

Agradecimentos ao operador Olavo Costa do Pat Band, que trabalhou na ocorrência e nos cedeu estas imagens




As marginais são sempre muito perigosas, os acidentes são muito graves. São muitos veículos de grande porte, várias faixas de rolamento, maior velocidade. Os motociclistas ficam muito suscetíveis. Não deveria haver pedestres, mas há vendedores ambulantes, moradores de rua e eventuais motoristas com veículos quebrados, que atravessam uma via de trânsito rápido sem semáforos, nem faixas de pedestres.
As carretas são muito pesadas, o tempo de frenagem é maior, quando o motorista percebe que colidiu com uma moto, por exemplo, não dá tempo de fazer nada. Na maioria das vezes, é um motociclista ou pedestre atravessando, quando acontece um acidente desses, a vítima acaba ficando entre os eixos do caminhão.
Quando o estado da vítima é muito grave, o helicóptero Águia da PM pousa para a remoção. Novamente os operadores entram em ação, pois é necessário fazer o bloqueio total da pista. E depois a lentidão que se forma rapidamente, demora a se dissipar.

Abaixo vídeo de um acidente no dia 15 de fevereiro de 2014, Marginal Tietê próx. Ponte da Freguesia do Ó, vítima de atropelamento, em estado grave, levado pelo Águia.


Em julho de 2013, na Marginal Teitê, próximo à Ponte da Casa Verde, casal que estava numa moto colidiu com um caminhão, que os arrastou por 500 metros. As 2 vítimas faleceram no local.


Agradecimentos ao ex operador de trânsito Oslaim Brito que está se dedicando ao trabalho de repórter e nos cedeu os vídeos: www.transitoaovivo.com 

sábado, 22 de março de 2014

Ocorrências dos guincheiros


Aqui tivemos um tombamento de uma carreta no Vd. Mofarej, em frente ao cadeião de Pinheiros e do Ceasa. O caminhão transportava farelo de trigo destinado à fabricação de ração animal, o condutor não soube explicar a causa do acidente. Foi acionado o guincho 6647, a mini pá carregadeira 0446, com os operadores Jairo e Saraiva do Pat Tatuapé, rendidos por volta das 14:40 pelos operadores Elton Melo e José Roberto, ambos do mesmo Pat.O serviço consistiu em remover parte da carga, para aliviar o peso para o destombamento, que deve ser feito com dois guinchos, usando tensores ou no desengate da unidade tratora, arraste e destombamento em duas etapas (caminhão e carreta). O viaduto permaneceu totalmente bloqueado até o final dos serviços.




Agradecimentos ao guincheiro Elton Melo pelo álbum de fotos cedido



Agradecimentos ao guincheiro Valdir Nascimento pelo seu álbum de fotos cedido



Agradecimentos ao guincheiro William Laboissiere pelo seu álbum de fotos cedido



Agradecimentos ao guincheiro Walter Souza Melo pelo álbum de fotos cedido



Agradecimentos ao supervisor dos guinchos Marco pelas fotos cedidas


Nossa homenagem a todos os guincheiros da CET, que através destas imagens que falam por si só, uma pequena amostra dos enormes desafios, que esta equipe enfrenta diariamente na cidade de São Paulo.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Guincheiros

Do Cargo de Operador III

O operador de nível III tem como atribuições as funções de nível I e II, ou seja, ele está apto a trabalhos como rotas, fiscalização, operação manual de semáforos, operação em cruzamentos, condução de motocicletas, atendimento à ocorrências tanto de trânsito, como a munícipes, sempre avaliando e agindo para segurança e fluidez do tráfego de veículos e pedestres.
O diferencial do nível III é a operação de equipamentos como guincho médio e pesado, mini pá carregadeira, guindauto e condução de veículos de grande porte, para isso é necessário do operador III CNH de categoria “E” e treinamentos específicos proporcionados pela própria empresa.

Da Rotina de Guincheiro

Tem como início de turno procedimentos padronizados para todos na operação, abertura de serviço, vistoria de viatura, etc.
Em seguida o guincho é deslocado para um ponto estratégico para atendimento de uma região. Ex: Av. Aricanduva, Ponte Atílio Fontana, Av. Brasil x Rebouças, Av. João Dias, Av. Salim Farah Maluf, av. Ipiranga e etc. Todos partindo dos pat´s mais próximos aos pontos ou em maiores deslocamentos por motivo operacional (ex. falta de guincho em um pat. Outro atende de acordo com a prioridade do ponto).
No ponto os operadores permanecem em POI, fora do caminhão, fiscalizando, e atendendo as necessidades operacionais daquele local, até que haja acionamento pela central de operações que fornecerá o local da ocorrência, peso do veículo avariado (em toneladas), tipo de ocorrência (pane, acidente, etc) tipo de via (aclive, declive ou plano) e contato do operador que está com a ocorrência.
Cabe aos guincheiros dirigirem-se imediatamente ao local para iniciar uma remoção veicular pesada que consiste em:
-Avaliação: Motivo da pane, se o veículo está travado, Proporção peso do veículo para capacidade do guincho, Local para estacioná-lo, altura para passagens sob pontes, etc.
-Procedimentos de segurança: Uso de calços nas rodas do veículo, engate de marcha, atrelamento de cambão para deixa-lo imóvel atado ao guincho, etc.
-Atrelamento (pegada): Depois de avaliar a forma de remoção (içamento frontal ou traseiro, arraste com cabo de aço, cambão ou uso dos redutores para arrastes em aclives acentuados, barrancos ou tombamentos, entre outras manobras feitas de acordo com as condições do veículo e local. Na maioria das vezes o veículo avariado tem seu sistema de freio com baixa pressão de ar comprimido fazendo com que este fique com as rodas travadas, cabe ao guincheiro destravá-las mecanicamente através de parafusos próprios (pés de galinha, catracas e outros) ou por injeção de ar através de mangueira conectada ao guincho.
-Remoção: A movimentação de um veículo pesado avariado requer muito cuidado, pois o operados às vezes leva o guincho ao seu esforço máximo ficando vulnerável a acidentes, é sempre feita em baixa velocidade (10Km/h em média).
- Finalização: O veículo avariado é conduzido para um local que forneça segurança e não interfira na fluidez da via, desfaz-se os procedimentos de remoção guardando os materiais utilizados e retorna-se ao ponto.
                                                                                                                   
Agradecemos ao guincheiro
Artur Mendonça pelo texto




Eles passam por diversos cursos específicos, dentro e fora da empresa.
Os mais recentes foram da pá carregadeira, tendo como multiplicadores alguns dos próprios guincheiros.


O outro na Viação Cometa, 3 dias para aprender sobre motores. O primeiro contato com a Viação foi feito pelo guincheiro Walter, do Pat Tatuapé e depois dado continuação pela gestora Juliana do DPO-MB.
Curso que se tornou muito útil, pois proporcionou várias remoções na pista pelos guincheiros, sem a necessidade dos guinchos.

Agradecimentos ao guincheiro Walter Souza Melo que nos cedeu todas as imagens, é um dos multiplicadores do curso da pá carregadeira, o precursor na ideia do curso com a Viação Cometa para proporcionar a todos os guincheiros mais formação e desenvolvimento profissional.


O responsável pelos guincheiros é o gestor Truzzi.

DIFICULDADES

A história dos problemas dos guincheiros na CET começa antes da implantação do plano de carreira.
Quando houve a primeira prova de certificação em 2008, os operadores de trânsito foram divididos em 5 níveis: o 1 que era o iniciante que não fazia rota, o 2 fazia todas as atividades, o 3 era o guincheiro e multiplicador de cursos, o 4 supervisor, o 5 que foi do campo para o escritório ou monitoramento semafórico.
Nesta ocasião o operador 3, além de passar na prova, tinha que ter carteira de motorista categoria E.
Haviam antes desta prova poucos e antigos guincheiros e a maioria deixou de ser guincheiro depois da certificação.
A nova turma foi crescendo, se desenvolvendo, se especializando e vencendo obstáculos. Passaram a sair em dupla, melhoria para segurança e agilidade da atividade. Conquistaram um adicional de insalubridade, porém a condição da empresa foi que para recebê-lo teriam que sair 19 dias no mês com o guincho. O sindicato entrou com uma ação na justiça para que todos os guincheiros tenham direito à justa insalubridade pela sua atividade, sem estas condições impostas pela empresa. O processo ainda está na justiça.
Muitos operadores investiram na mudança de categoria da habilitação e nos estudos para o progresso na carreira. E então a CET deixou de exigir a categoria E para a ascensão, sendo assim, o que favoreceu uns, descontentou outros, pois até hoje a empresa não definiu a descrição das funções do operador 3.
A atividade do guincheiro é muito perigosa, além do mais, a responsabilidade, os desafios e a cobrança são muito maiores. 
Mas a falta de reconhecimento desta categoria especial de operadores não se limita apenas aos problemas de carreiras, as maiores dificuldades são quanto aos equipamentos, a falta de recursos e investimentos.
A CET possui 14 guinchos, 6 estão baixados para manutenção. São equipamentos de 2002 e 2006 com muito uso. De grande e médio porte, com arraste de 60 e 40 toneladas. Porém hoje há carretas que chegam a 70, 80 toneladas.
E com 8 guinchos na ativa e cerca de quase 90 guincheiros, que matemática a empresa faz para contemplar 19 dias de guincho para cada um?
A equipe junto com a sua gerência, estudaram e montaram um projeto com novos equipamentos modernos do mercado para atender rapidamente qualquer tipo de ocorrência na cidade. Feito o pedido à Presidência da empresa, acabou sendo descartado, porque vieram 5 guinchos da SPTrans para a CET. São equipamentos aparentemente em bom estado, pouco utilizados, mas muito mais antigos, de 1980 e 1986. Dos 5, 1 não chegou ainda, 1 já está na oficina para fazer o motor, e os outros 3 ainda não foram para campo por conta do processo burocrático.
As condições reais destes equipamentos só descobriremos quando começarem a ser utilizados. Mesmo assim, são de longe a capacidade e modernidade dos equipamentos solicitados.
Temos uma excelente equipe, extremamente capacitada que se desdobra em atender a cidade com recursos limitados, com dedicação porque amam o que fazem. Mas infelizmente falta reconhecimento, quando não se dá condições de trabalho à altura destes profissionais.