quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Operação enchente

A operação enchente é feita em toda cidade pela operação da CET. 
Há o estado de atenção, de alerta e de emergência. Comunicado pela central, em previsão de chuvas fortes, as viaturas já se posicionam em locais estratégicos, para realizar bloqueios e desvios em caso de alagamento.
Esta é uma operação de enchente da DET LE 1, um dos pontos piores e mais famosos de enchente da zona leste, a Radial Leste, sob o Viaduto Guadalajara.



A água começa a subir muito rápido, cerca de 15 minutos já se torna intransitável e é necessário os bloqueios.
Neste local a água sempre começa a subir pelo sentido Centro/Bairro, que é o mais baixo. Onde se faz o primeiro bloqueio. Interdição total.



Gestor e supervisor da área que determinam o fechamento e a abertura.
Em seguida bloqueio da reversível e do sentido Bairro/Centro.
Por último a local do Bairro/Centro, que é a via mais alta.



Alguns veículos e muitas motos insistem em passar, não acatam a orientação dos operadores e furam os bloqueios. Comumente os veículos quebram em meio a água nessas tentativas e muitas vezes os operadores entram na enchente para empurrar carros e socorrer as pessoas.
Um veículo imerso na água é muito difícil de remover, quando há correnteza é praticamente impossível.
Deve-se tomar muito cuidado ao entrar numa enchente, como não é possível ver onde se pisa, há o risco de boeiros abertos que formam verdadeiros sumidouros. Há o risco de adquirir doenças entre tantos outros perigos.
Neste momento, sob chuva forte, todos os operadores estão na via, sem conseguirem se comunicarem, já que os aparelhos não funcionam ou quebraram sob chuva, além do barulho. Mas cada um sabe o seu papel e vai muito além dele, neste momento de caos, cada pessoa que trabalha ali, faz o melhor que pode para ajudar o máximo de pessoas possíveis.







Quando o bloqueio é feito, nos cruzamentos anteriores, há outros operadores fazendo o desvio e a retirada dos veículos que ficaram presos. Sob a chuva, bate-se no vidro de um por um e por meio de gestos orienta-os a retornar com seus veículos.



Quando a água começa a baixar e é avaliado que já está seguro o trânsito, são liberados os bloqueios. Ali permanecem em orientação. Todo este processo dura em média uma hora, porém a lentidão que se formou pela cidade demora várias horas, a mais para dissipar.






As dificuldades da DET LE 1 encontradas pela DR

A DET LE 1 enfrenta muitos problemas, a começar pela sua extensão geográfica e o posicionamento das bases.
O administrativo estar longe da base operacional compromete a agilidade do fluxo de informações. Por sua vez, o operacional ainda estar dividido, dificulta a comunicação em campo.
Este departamento já tentou ir à vários lugares para juntar sua operação, por último estudou um espaço no Tatuapé, que ainda está inviável apenas porquê faltam 10 divisórias para se montar a estrutura. Por outro lado, no Tatuapé também há dificuldade de locomoção para as pessoas que estão no centro.
A equipe do centro é a responsável em atender toda a área, o que torna o atendimento difícil para o fundo da zona leste pelo seu deslocamento.
Adequação
A reversível, que tem base no Tatuapé. e demanda uma equipe muito grande, o departamento em que ela se insere, fica com o atendimento da área prejudicado no atendimento. Por isso há anos, há quem defenda que esta operação deveria ser absorvida diretamente pela gerência, devido a sua grandiosidade.
doação
Uma outra solução seria reduzir o tamanho da área, passando Cangaíba e Ermelino Matarazzo para outro departamento.
Recursos
A falta de recursos materiais se estende em mesas e computadores. estão faltando pelo menos quatro computadores para agilizar no atendimento da área.
Encontramos as viaturas da reversível em estado precário, as duas sprinters estavam com o assoalho desgastado, está quase já furado pelo manuseamento dos cones. As maçanetas e portas corrediças com problemas, entra fumaça na parte que ficam os operadores montando a revesível, frequentemente dá pane elétrico. Não há limpeza das viaturas. E quando uma viatura desta vai para manutenção, toda a logística da montagem e desmontagem é alterada para conseguir realizar apenas com uma viatura, que deverá levar quase 400 cones, sem falar na dificuldade dos operadores em manusear o material lá dentro, com a limitação do espaço.
assoalho da sprinter

São viaturas usadas diariamente há muitos anos, duas vezes ao dia, precisam de substituição. As pick ups que fazem a escolta deveriam ter as setas de indicação luminosa na caçamba, devido a segurança sobretudo no escuro, no entanto isso não ocorre e os operadores trabalham com escoltas na base de pisca alerta, sujeitos às inseguras do trânsito caótico.
Os cones também estão em péssimas condições, sem refletivo, sem reposição. Por isso, o espaçamento é maior e a falta de refletivo de noite compromete a segurança. Esses cones não seguem as normas de segurança de outrora, que eram mais resistentes, não amoleciam e eram mais leves, apropriados para este tipo de atividade, devido o  manuseio e o desgaste físico dos operadores.
estado dos cones da reversível
Efetivo
A falta de efetivo é notável, isso assola toda Companhia, numa necessidade gritante do Concurso Público e do real levantamento do quadro de vagas, para atender as demandas que não param de chegar.

Com a implantação dos corredores de ônibus, chegou a prioridade de deslocar operadores para a fiscalização dos corredores, e pela falta de gente, quatro pontos da reversível tiveram que mudar de lado da calçada, deixando descoberta a atenção necessária com o fluxo de carros na contramão e os pedestres.
escalas sem efetivo
Em cada equipe falta em média 7 operadores, sendo 6 equipes, o ideal seriam 42 operadores a mais para cumprir todas as atividades. Faltam motociclistas com seus EPI's, em todos os turnos. Faltam 2 gestores, 2 supervisores e 2 estagiários.
Celso Garcia e Gangaíba
Na área encontramos a Radial Leste com placas desgastadas. A Celso Garcia com acúmulo de lixo, pavimento do corredor deformado e fiação baixa por quase toda extensão. No Cangaíba muito lixo nas ruas. E em turno inteiro nem conseguimos chegar até a Jacú Pêssego, pela falta de tempo e por tantas ocorrências que pegamos no caminho para lá.
Semáforos importantes da Radial Leste, Rangel Pestana quebrados há três dias consecutivos, com problemas crônicos, que arrumam e quebram novamente poucas horas depois. Nisso são turnos e turnos seguidos com muitos operadores empenhados apitando em cruzamentos, sob sol e chuva, deixando a área mais vazia ainda.
Radial Leste, dias seguidos de semáforos quebrados
O diagnóstico encontrado neste importante departamento nada mais é que uma boa amostra do que está acontecendo na empresa inteira, infelizmente.
jornal do metrô dentro da viatura


Reversível da tarde da Radial Leste

A reversível da tarde é completamente diferente da manhã. É um pouco menor, do Carrão ao Glicério. Montada no mesmo sentido do fluxo, uma faixa única, numa frente só. Uma sprinter faz a escolta da outra, e elas se revezam em 2 trechos. A ducato com os operadores já segue no comboio e vai desembarcando os operadores nos cruzamentos necessários.
Há uma primeira ativação no final do Viaduto Alcantara Machado e a segunda ativação no Glicério. 






Entenda como é a maior logística operacional da CET: a faixa reversível da manhã da Radial Leste

A reversível da Radial Leste é uma logística única e grandiosa, diferentes no pico da manhã e da tarde. Uma verdadeira sinergia de uma equipe grande, cronometrada em inúmeros detalhes.



A montagem do pico da manhã é feita em 2 turnos, às 4hs e 5hs.
É tão dinâmico e envolvente, que às 4hs a equipe já está praticamente pronta, trocada e fazendo vistoria das viaturas, que compreendem 2 sprinters e 4 pick ups. São contados diariamente e distribuídos 460 cones.





Às 5hs entra o segundo turno, na mesma velocidade, sai uma viatura ducato, que distribui os operadores nos cruzamentos mais próximos ao centro. Eles precisam estar todos posicionados antes da abertura às 5h50. E mais 3 motociclistas que seguem os locais de ativação.





Simultaneamente às 5hs, o primeiro turno inicia a montagem no Glicério por 2 pick ups, uma grande e complexa canalização, enquanto as outras 2 estão montando a canalização sobre Vd Jaceguai.


Quando as 6 viaturas se juntam no Jaceguai, elas se dividem em 2 frentes.
Cada frente é composta por uma sprinter com 4 operadores, motorista e 3 que se revezam na colocação dos cones. As 2 pick ups fazem a escolta atrás e outra na lateral à direita.


A primeira frente segue do Vd Jaceguai até o Belém. Os operadores realizam dois bloqueios, na ligação leste-oeste e no Bresser.




A primeira ativação acontece às 5h50min., no Tatuapé.













A segunda frente sai simultaneamente do Vd Jaceguai e segue direto para o Belém, onde começa a montagem. Os operadores vão até o início da reversível, próximo a Av. Aricanduva, onde a abertura é feita às 6h, até se juntar, com o trecho aberto anteriormente no metrô Tatuapé.
A colocação dos cones na via em movimento é feita a 20 km/h, não é tão simples quanto parece, requer prática e habilidade para os cones ficarem em pé, corretamente posicionados. Há operadores que conseguem colocar os cones sem deixar cair nenhum, até a 60 km/h, tamanha agilidade.
Há trechos que os cones são colocados para dentro da faixa seccionada, no meio e outras para fora, de acordo com a largura da faixa da esquerda, que varia com as condições de curva, declividade e iluminação. A distância também é calculada a cada 4 ou 5 seccionadas. E nos trechos de linha contínua, o distanciamento é pela prática. Há trechos de uma faixa, que mudam para 2 faixas, também de acordo com o adequamento do trânsito.
A cada cruzamento é colocado mais um cone para fechar a reversível, que ainda não está ativada, para os veículos das transversais não acessarem e causarem acidentes.


A ativação da faixa é feita por uma pick up, seguida de dois motociclistas para realizarem os levantamentos dos cones caídos e o deslocamento dos cones que bloqueiam os cruzamentos, em seguida uma outra viatura 4 rodas para proteger os motociclistas, para então começar a circulação dos veículos de munícipes. Durante a ativação é  feita a distribuição dos operadores, que realizaram a montagem, nos cruzamentos.

Após a ativação os operadores das 4 pick ups seguem em rota pela Radial, dividida em 5 trechos. As motos idem, e são responsáveis pelo levantamento dos cones que caem, dividido em 3 rotas de monitoramento e fazem as rendições dos operadores em pontos fixos, que não podem se ausentar do local para a proteção aos pedestres, que ao fazerem a travessia se esquecem que o trânsito da reversível está vindo em sentido oposto ao que estão condicionados a se atentar para atravessar.
Durante as 2 horas de funcionamento tudo é monitorado com apoio de telefones, a central de operação, 2 pac’s (funcionários sobre terraços de prédio munidos de rádio e binóculos), e as câmeras do DCS 3 (funcionários que monitoram câmaras e semáforos da região). Qualquer interferência na via, veículo quebrado, acidente, semáforo quebrado e as mais diversas ocorrências, tem que ser resolvido o mais rápido possível por esta mesma equipe.

Às 8hs começa a desmontagem no início da reversível. Ela é feita por trechos. Primeiro passa um comboio de fechamento com veículo 4 rodas e moto, fechando cada cruzamento e abrindo o seguinte acesso. Depois a equipe com a sprinter volta a se reunir para a desmontagem.
A equipe das 4hs desmonta até o Bresser e volta para a base, a das 5hs segue na desmontagem deste trecho até o final. Todo esse processo de desativação e desmontagem leva 2 horas, cada acesso é fechado conforme avaliação do trânsito em ambos os sentidos, feita pelo supervisor ou gestor que está acompanhando.
Leva-se em média três meses para entender toda logística, aprender cada detalhe dos trechos, e conseguir manusear os cones em movimento. É uma enorme engrenagem que precisa estar estar bem orquestrada, onde o foco são os detalhes e a segurança.

Histórico
A faixa reversível da Radial começou em 1997, inicialmente, como faixa solidária, que começava no metrô Tatuapé e apenas veículos com mais de um ocupante poderiam adentrar, estimulando a carona. De lá para cá, várias alterações foram realizadas ao longo do tempo se adequando às características do trânsito, sempre visando a melhoria desta operação, numa das mais importantes via de ligação da enorme zona leste ao centro da cidade, que é a Radial Leste.
Esta faixa funciona o ano inteiro, de segunda a sexta, exceto feriado, emendas e na semana entre o natal e o ano novo.

Fatalidade
Um operador motociclista infelizmente faleceu nesta atividade, quando um veículo no sentido oposto adentrou propositalmente a reversível e o lançou para a outra pista, no Bresser. Lucio Formigoni trabalhava em dupla com o operador Lo Ré, ainda operador desta reversível, quando sofreu o acidente. Sua esposa Meire, era um dos PAC’s, que monitorava a reversível do alto de um prédio.

homenagem ao operador Lo Ré
                

Reversível da Caquito


Uma reversível pequena, que também é realizada em parceria com a SPTrans, por conta dos corredores de ônibus. Operado por um operador de cada empresa.

Reversível da Melo Peixoto


A reversível da Melo Peixoto começa às 5:50h. Dois operadores, com uma viatura apenas, ligam todos os 10 piscantes, percorrem o trecho em 10 minutos e montam 2 bloqueios com os super cones.
Todos os cruzamentos são sinalizados, com placas indicando mão única de segunda a sexta-feira, das 06h às 09h.








Reversível da Celso Garcia

Como é a montagem da reversível da Celso Garcia no pico da manhã







A reversível da Celso Garcia é uma parceria da SPTrans e da CET, desde que foi criada em 2008. 


Maiores informações podem ser encontradas no relatório técnico da SPTrans: 
http://www.sptrans.com.br/pdf/biblioteca_tecnica/RELATORIO_TECNICO_CORREDOR_CELSO_GARCIA.pdf

trecho do Gasômetro


homenagem ao operador Dimas da equipe da tarde







Departamento de Trânsito Leste 1 - DET LE 1







A Det LE 1 faz parte da Gerência Leste.
É o departamento que faz toda a ligação da zona leste com o centro da cidade. Tem um formato longo de 20 km.
Este Departamento é responsável pela Radial Leste, av. Celso Garcia, av. Governador Carvalho Pinto, av. Amador Bueno da Veiga, av. Cangaíba, Av. Assis Ribeiro, até a Jacú-Pêssego. Centro comercial do Brás e da Penha.
Operam 4 faixas reversíveis: Radial Leste, Celso Garcia, Melo Peixoto e Caquito.


É composto por 3 bases, o administrativo em Itaquera e 2 operacionais, no Tatuapé e no Centro.Em Itaquera fica o chefe de departamento José Robles, responsável pela reversível da Radial Leste, há 10 anos.
A equipe é formada por quatro gestores, Paulo, Amauri, Vânia, Luciana. O operador Reinaldo, a assistente administrativo Maria, duas estagiárias Elisângela e Débora e o motorista, Lucena.

A base do Tatuapé (na GET SE) é responsável pela Radial Leste. Há uma base de apoio administrativa, onde trabalha o operador Guidolin e assistente administrativo Jorge.
O turno 1 têm 27 operadores, supervisor Kiss e o gestor Welson, eles que fazem a reversível do pico da manhã.
No turno 2, são 7 operadores com o gestor Gilson. E no turno 3, são 23 operadores, com o supervisor Aroldo. Equipe da reversível do pico da tarde.

No Centro (no Pat Rangel) é responsável por toda área.
No turno 1, são 14 operadores com a supervisora Zuleika. Operam também as reversíveis da Celso Garcia, Melo Peixoto e Caquito, no pico da manhã, além de toda área.
No turno 2, são 12 operadores com o supervisor Lira.
No turno 3, são 13 operadores com o supervisor Rogério, que também inclui a reversível da Celso Garcia, no pico da tarde.


turno 1 Pat Rangel


homenagem a supervisora Zuleika

domingo, 26 de janeiro de 2014

Um projeto da Diretoria de Representação Gestão Democracia e Renovação.

   Temos o prazer de inaugurar este blog como um verdadeiro arquivo da história da empresa, das pessoas, seus talentos e seus trabalhos.
  A cada semana visitaremos um departamento, entrevistando, analisando, registrando, fotografando e filmando. Dessa forma cada equipe se apresentará para o resto da empresa e para a população. Mostrará suas atividades, projetos e dificuldades.
   É um autorretrato de uma empresa tão grande, de tantas variadas funções, tão desconhecida pelos seus clientes internos e externos.
  Neste acervo buscamos a integração de quase cinco mil pessoas que doam diariamente suas vidas pela cidade, vamos mostrar de que forma esse enorme grupo interfere anonimamente na vida do coletivo. E vamos mostrar que uma empresa viva há 38 anos, se faz muito além de números e governos, se faz de pessoas.